quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais

Margarida Cêpeda, O véu virginal, 2002
 talis de morais
 


Dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega — o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo. Dorme, meu amor —
a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste
e pode levantar-se como um pássaro assim que
adormeceres. Mas nada temas: as suas asas de sombra
não hão-de derrubar-me — eu já morri muitas vezes
e é ainda da vida que tenho mais medo. Fecha os olhos
agora e sossega — a porta está trancada; e os fantasmas
da casa que o jardim devorou andam perdidos
nas brumas que lancei ao caminho. Por isso, dorme,
meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos — a noite é um poema
que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres.

ilusao

Rompeu os limites extremos do meu ser
Acabou com minha razão
Faz com que pense só em ti
Dia após dia
Matando-me aos poucos
Fala como uma amiga
E eu sempre espero algo a mais
Destrói meus sentimentos e pensamentos
Com as palavras doces
Que não são pra mim
Atordoa-me com seus gestos
Com seu sorriso e com seu olhar
E me faz sonhar noites e mais noites
E tudo isso para quê?
                                                                 
Se você nem me nota
Sou sempre a seu melhor amigo
Parece que não enxerga
Tudo o que eu faço
Que tudo que quero
É te ter ao meu lado
Caminhar contigo a jornada da vida 
E a cada dia renovar o meu amor
A cada gesto de carinho te sinto aqui
A cada sopro do vento sinto tua respiração
Em cada entardecer vejo no horizonte o teu sorriso
Quero seguir nesse sonho
Para em que algum dia  
Possamos ser felizes
Sonhos não fazem mal
Mas a ilusão de ter alguém que não pode ser seu
Faz abrir um enorme vazio
Que sem piedade
Toma conta do meu frágil coração

sábado, 12 de março de 2011

VIVIAMOS SEM NOS PREOCUPAR


Cedo ou tarde,
A morte sempre nos alcança...
Ela nunca dorme!
Ela nunca descansa!

Temos, em certeza,
A morte como produto final...
E nessa certeza, a vida!
Tem um sabor todo especial...

Nasce-se antevendo a morte...
E viver é tão-somente
Um capcioso gesto de sorte...

Vivamos sem nos preocupar...
Vivamos, pois que a morte,
Um dia há de nos levar...


ASSI:TALIS DE MORAIS

sexta-feira, 11 de março de 2011

pranto

A dor que agora invade
A tristeza que chega tarde
Nenhum sorriso de amor nem mesmo nada
A puniçao de uma fonte amarga
Que vem de um rio de tortura na correnteza
A alma infeliz na agonia presa
Nao abrange esta ventura clara
Da simetria suave e rara
Que ouve como um lirio
e enxcada canto esse suplicio
Pranto sem fim que dos olhos escorrem
Desilusao que´pela as veias dos braços pecorrem
E sera tragico todo esse tormento
O raquejo prolongado,lento,puro sofrimento
caido,fraco,atilado
que susurra e clama amorte que da adeus ao coraçao que morre

POSTADO POR: TALIS  / ESCRITO POR ; ALANA

quinta-feira, 10 de março de 2011

noite

Era noite escura e solitária, com ela uma brisa gélida visto de longe o cemitério sossegado cheio de luzes iluminando tumulos recheados de ossos . Criaturas essas que rremexem nos restos mortais que neles persistem chamando a atenção de poderosas criaturas abandonadas da solidão
criaturas que a lua cheia atrai e faz habitar nos nossos pesadelos e que se tornam reis das noites mais negras e frias. Sentimos o sangue a congelar, Atraindo o meu fashino...Nessas alturas eu nunca me sinto totalmente só, pois há espiritos em meu lado, receando o meu ser malvado chegando a mmim la^minas, cortadoras.
Sento-me num tumulo e desfaço o meu corpo em cortes e torno a abrir as cicatrizes que em mim permanecem.
Porque só sinto comigo as criaturas imaginárias comigo? nesta noite fria e luminoso?
Se é este o destino que queres, vem até mim e mata-me e novo.

ASS:TALIS LESTET

sonho pesadelo


O medo apaixonante
o fogo, meu amante
já em mim metido
arrepio superficial, sentido

Apagava-me o pentagrama
de sangue, artéria
raivosamente me ama
lindo e doce, coisa séria

Som autêntico e vibrante
psicológicamente enervante
congelando-me o peito
sinto-o agora feito

ASS:TALIS LESTET

desejo

Quero eu concretizar meu desejo
este, doente e assombroso
fascinante aos olhos a Tejo
ao fogo e ás brisas amoroso

Poderá ser uma razão de viver
aquele fluxo desejante intenso
que me alucinará até morrer
traduz, pensamento suspenso

Que obsessão a minha
que já desde muito a tinha
arrepia-me quando o sinto
que a mim, nunca o minto

Palavras para encher
a um desejo invisível
que não se pode descrever
e difícial ao olho sensível




sinto as minhas veias





Sinto as minhas veias
a controlarem-me segamente
como uma chama ardente
das luzes que tu semeias
me tornam dependente.
Memórias, mortas, nas cheias
que me deixam sem semente.
Como me sinto sem raizes,
como as asas sem perdizes
rasgando-me a pele obscura
lambendo o meu célebre sangue
das palavras lusitanas escritas
que sempre foram sentidas
umas vezes já foram dirigidas
sem respostas percebidas
de uma alma descontraida
que me deixou perdida
à olhadela de uma alma despida










quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

olhar sombrio

Estou de pe no escuro,
com os pulsos cortados...
Me lembro das palavras explicitas que te dice
Que se tornou po,que foram para o vazio...
olha so para mim,estou exausto...
olhe como estou esgotado...

noite fria



Quando a noite vem,
fico imaginando,
desta vidacurta que promete ser longa

o mundo e grande e egoista
desejo alguem para partilhar as solidao em minhas maos.

a vida perfeita ainda nao encontrei
procuro alguem com meus sentimentos...
tenho a insertesa se ela existe...

ass:talis de morais